para Lhasa de Cela
As saudades que sinto hoje
do recôndito canto de um bar qualquer
daqueles esquecidos pelo tempo e pelo oxigénio
daqueles que nos acolhem já sem fígado.
A bílis do vómito à saída
a vontade da dormência sem fronteiras
As saudades que sinto do esconderijo
a queimar a pele e o cansaço
o esconderijo descampado de existir sem nome nem porquê
Mas há o ego. Há sempre o ego. O ego cacofónico. O ego embriagado dos cantantes.
Hoje preciso de ti para que tudo não o sinta
apenas bocejo inflamado.
* cantor: aquele que sabe cantar
cantante: aquele que canta continuamente
Valor de propriedade: 50€ a favor da Associação Canitos -Alcochete
segunda-feira, 22 de março de 2010
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